Mesmo sem ter ainda sua pré-candidatura oficializada como representante
do grupo Sarney nas eleições para governador do Maranhão, em outubro, o
senador Edison Lobão Filho (PMDB), o “Edinho” – que assumiu o cargo como
suplente do pai, Edison Lobão, em janeiro de 2008, quando este virou
ministro de Minas e Energia – já fala como candidato.
Edinho planejava encarar as urnas pela primeira vez, para tentar
manter-se no Senado, quando foi ‘convocado’ para a ‘nova missão’,
segundo suas próprias palavras, pela governadora Roseana Sarney (PMDB),
por telefone, no sábado (5). O telefonema o alcançou numa suíte do
Hospital Albert Einstein, de São Paulo, onde o senador se recuperava de
uma cirurgia de hérnia de hiato – que deveria ter sido realizada em dois
dias e durou dez, devido a complicações.
Roseana – que na
sexta-feira (4) havia decidido permanecer governadora até o fim de seu
mandato, em 31 de dezembro, não disputando o Senado, como muitos previam
– comunicou Lobão Filho da desistência de Luís Fernando Silva (PMDB),
até então em plena campanha como pré-candidato do grupo, e o alçou à
condição de substituto.
Pedrinhas – Já em sua
casa, em Brasília, o senador falou ao Jornal Pequeno ontem (9). Afirmou
que, caso seja confirmado como candidato do grupo Sarney ao governo
estadual, e vença o pleito, sua prioridade será enfrentar o caos no
sistema penitenciário do estado com uma medida heterodoxa.
“A
primeira coisa que farei se obtiver a vitória nas urnas será implodir
Pedrinhas. Vou derrubar tudo e transferir os presos para unidades
agrícolas afastadas dos centros urbanos, onde os detentos terão de
trabalhar, se ocupar para pagar sua estadia na prisão. A cadeia não pode
continuar sendo um depósito de seres humanos, como é no Maranhão e em
vários estados brasileiros”, disse.
Lobão Filho – que por ocasião
da visita a Pedrinhas de senadores que integram a Comissão de Direitos
Humanos da Casa, em janeiro passado, afirmou que “a prioridade deveria
ser a preocupação com os direitos humanos das vítimas e das famílias das
vítimas dos presos, depois dos policiais e por último dos presos” –
disse que seu pensamento continua absolutamente igual. “Reafirmo que é
um equívoco priorizar direitos humanos de preso”.
Quanto a um
possível nome para vice em sua chapa, Lobão Filho disse que já pensou no
assunto, e que o deputado estadual Zé Carlos (PT) “seria uma boa opção,
e uma honra tê-lo como meu vice”.
O senador também fez questão de
destacar que não é “um Sarney”. “Meu nome é Edison Lobão Filho. Não me
chamo Edinho Sarney. O nome da nossa família é Lobão. É uma família
tradicional, que tem muita história no Maranhão. Eles [a família Sarney]
têm a forma deles de trabalhar. Nós temos a nossa”.
Do Jp
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