Magistrados
e servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão, que participaram da primeira
turma do curso de segurança, no Condado de Lake, na Flórida, Estados Unidos, se
reuniram com o presidente da Corte estadual, Antonio Guerreiro Júnior, na
quinta-feira (11), para expor as experiências e conhecimentos adquiridos
durante o treinamento realizado entre os dias 31 de março e 5 de abril. O
segundo grupo de magistrados viajou aos Estados Unidos no dia 6 de abril e
retorna a São Luís neste final de semana.
Foram
selecionados para o curso 40 magistrados, entre desembargadores e juízes
criminais, inclusive aqueles que já sofreram algum tipo de ameaça.
O curso -
com instruções na língua inglesa, com tradução simultânea - foi ministrado por
policiais da ativa da SWAT, unidade de polícia altamente especializada, formada
por policiais equipados e treinados para reduzir risco associado a uma situação
de emergência.
De acordo
com o coordenador do curso, juiz Paulo de Assis Ribeiro, a formação foi
sugerida pelo presidente do TJMA, desembargador Guerreiro Júnior, que conheceu
detalhes sobre o treinamento em 2012, no Rio, durante Encontro de Presidentes
de Tribunais de Justiça. O TJRJ é o idealizador do procedimento e maior
referência nacional, hoje, em segurança de magistrados.
"Nós
estamos na vanguarda. Somos o primeiro Estado do Nordeste a fazer esse tipo de
treinamento. O Presidente foi ousado nessa empreitada, fazendo esse
investimento na área de segurança institucional", diz o diretor de
Segurança Institucional do TJMA, capitão Alexandre Magno.
Para o
desembargador Raimundo Barros, o curso foi uma experiência única que criou uma
nova mentalidade sobre a segurança no Judiciário. "Fomos a uma instituição
de alto nível em segurança judicial. Ficamos praticamente uma semana vendo
todos os pontos básicos sobre segurança, com aulas teóricas, aulas com
equipamentos virtuais e práticas. Foi exaustivo, mas superou as nossas
expectativas", avalia o magistrado.
A juíza
auxiliar da Corregedoria, Márcia Coelho Chaves, ressalta que a importância do
curso para os magistrados. "Nós tivemos a oportunidade de vivenciar
experiências que jamais poderíamos experimentá-las aqui. Foi um curso único,
grandioso. Cada magistrado voltou com uma mentalidade diferente, não só a
título de segurança pessoal, mas institucional", afirma.
Para o juiz
Mário Márcio de Almeida Sousa, titular da 1ª Vara de Viana, o curso contribuiu
para uma nova conscientização sobre a segurança de magistrados.
"Nós
temos que ver com outros olhos as nossas próprias condutas como magistrados e
cidadãos. Quando estamos na rua, fora do trabalho, não deixamos de ser juízes e
precisamos manter a preocupação com a segurança", alerta o juiz,
acrescentando que "uma agressão não acontece somente no ambiente de
trabalho, mas também quando o magistrado estiver disperso, colocando em risco,
inclusive, seus familiares".
Artur
Gustavo Azevedo de Nascimento, titular de Barreirinhas, egresso do último
concurso (2009), ressalta que os Estados Unidos é um país referência em termos
de segurança no mundo, o que demonstra a importância de um treinamento
promovido naquele país.
"A
magistratura é considerada nos EUA uma profissão de alto risco. Por conta
disso, os juízes têm todo um aparato de segurança, seja em treinamentos ou na
própria estrutura do Tribunal, para que possam exercer a atividade com
independência", explica.
Na ocasião,
os magistrados entregaram ao desembargador Guerreiro Júnior um kit contendo o
uniforme do curso, equipamentos pessoais de segurança, grade curricular,
apostila do curso e documentos com as diretrizes do treinamento.
Fonte: Ascom /TJMA
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